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Irã

O Irã, oficialmente República Islâmica do Irã), é um país asiático do Médio Oriente que limita a norte com a Armênia, o Azerbaijão, o Turquemenistão e o Mar Cáspio, a leste com o Afeganistão e o Paquistão, a oeste com o Iraque e a Turquia, a sul com o Golfo de Omã e com o Golfo Pérsico. A sua capital é Teeran, a sua língua oficial, o persa e a sua moeda é o rial.


Conhecido no Ocidente até 1935 como Pérsia, passou desde então a ser conhecido como Iran (transliterado em Portugal como Irão e no Brasil como Irã), palavra que significa literalmente "terra dos arianos" (no sentido étnico do termo e não no seu sentido religioso, ligado ao arianismo). Em 1979, com a Revolução Islâmica promovida pelo aiatolá Khomeini, o país adotou a sua atual designação oficial de República Islâmica do Irã. Os seus nacionais se chamam iranianos, embora o termo persas seja ainda utilizado.

Durante a história, o território do país tem tido grande importância geográfica, visto a sua posição entre o Oriente Médio, Cáucaso, Ásia Central e o Golfo Pérsico, além da proximidade entre o Leste Europeu e o subcontinente Indiano.
A maioria dos iranianos é muçulmana, pertecendo 89% da população ao ramo xiita do islão, religião oficial do Estado. O Iran conta com 9% de muçulmanos sunitas, ramo ao qual pertencem a maioria dos muçulmanos do planeta. Os curdos são na sua maioria sunitas, enquanto que a minoria árabe reparte-se entre o islã xiita e o islã sunita.

A forma de islã xiita que hoje predomina no Iran é o xiismo duodecimano, que reconhece doze imames após Ali ibn Abi Talib. Embora sempre tenham existido xiitas no Iran, até ao século XVII a população era na sua maioria sunita. A explicação para esta mudança religiosa reside na adoção por parte da dinastia dos Safávidas do islã xiita como religião oficial e na sua imposição à população.

A constituição iraniana reconhece três minorias religiosas, os zoroastrianos, os judeus e os cristãos.

Antes da chegada do islão ao Irã no século VII, a maioria da população era zoroastriana, religião que era o culto oficial do Império Sassânida. Em 1986 estimava-se a existência de 32 mil zoroastrianos no Irã, residindo principalmente nas cidades de Teeran, Yazd e Kerman.

A comunidade judaica no Irã remonta aos tempos do cativeiro da Babilónia; quando Ciro II autorizou o regresso dos judeus a Canaã, muitos optaram por ficar, tendo adoptando a língua e cultura persas. Avalia-se em 45 mil o número de judeus iranianos que migraram para Israel entre 1948 e 1977. Com a revolução islâmica de 1979 o movimento migratório acentuou-se.

A minoria religiosa numericamente mais relevante no Irã é formada pelos cristãos, que são na sua maioria ortodoxos armênios, seguidos por cristãos assírios. Cada uma destas denominações têm direito a um lugar no parlamento.

A Fé Bahá'í, a maior minoria religiosa iraniana, nascida no país em meados do século XIX, não é reconhecida pelo Estado, sendo os seus membros alvo de perseguição desde a revolução de 1979.

Cultura
 
Literatura

A literatura persa desenvolveu-se a partir do século IX, nas cortes das dinastias locais que resultaram da decadência do califado abássida. A poesia tem sido a forma dominante desta literatura. Considera-se como primeiro grande poeta persa Rudaki (859-941), figura que esteve ao serviço da corte dos Samânidas. Rudaki foi seguido por nomes como Firdausi (940-1020), autor do épico Shahnameh e Omar Khayyam, astrônomo e matemático que foi autor da colectânea de poesia Rubaiyat. Antes da sua entrada em decadência a partir do século XV, a literatura persa ficou marcada pela obra de poetas místicos como Rumi, Saadi e Hafiz.

Cinema

A sétima arte chegou ao Irã em 1900, cinco anos depois do seu nascimento. Neste ano, Mirza Ebrahim Khan Akkas Bashi, fotógrafo oficial da corte do xá Mozzafar al-Din, considerado como o primeiro realizador iraniano, acompanhou uma visita do xá à Europa. Em Paris, Akkas Bashi comprou uma câmara que utilizou para filmar a visita do seu soberano à Bélgica. A primeira sala de cinema no Irã surgiu 1905 em Teeran.

Os filmes iranianos tem participado (e em alguns caso sido galardoados) em prestigiados festivais de cinema internacional, como o Festival de Cannes, a Mostra de Veneza ou o Festival de Berlim.

Patrimônio Mundial da Humanidade

O Irã possui oito sítios classificados pela UNESCO como Património Mundial:

Meidan Emam - praça de Abbas I em Isfahan;

Persépolis - antiga capital persa, fundada por Dário I em 518 a.C.;

Tchogha Zanbil - capital religiosa do reino elamita fundada em 1250 a.C. e que é hoje um sítio arqueológico;

Bam e a sua paisagem cultural - cidade do período aqueménida fundada entre o século VI e o século IV a.C.. Os seus monumentos foram danificados devido ao terramoto de 2003;

Pasárgada - capital do império aqueménida

Takht-e Soleyman - sítio arqueológico onde se encontram ruínas arqueológicas, como um templo sassânida dedicado à deusa Anahita;

Soltaniyeh;

Bisotun

Culinária

Elementos de um prato típico, o Chelo Kabab.Quase todas as refeições iranianas incluem o pão (nun) ou o arroz (berenj). Existem basicamente quatro variedades de pão: lavash, pão consumido ao pequeno-almoço, achatado e fino; barbari, um pão fofo e salgado, feito com farinha branca e por vezes coberto por sementes de sésamo (gergelim); sangak, pão comprido cozido sobre pedras (sangak significa pedra em língua persa) e o taftun, pão fino em forma oval.

O arroz simples cozido é chamado de chelo; quando cozinhado com outros ingredientes, como frutos secos ou carnes é chamado pollo. O açafrão é muito utilizado para dar cor e sabor ao arroz. O arroz é acompanhado por carnes, sendo as mais consumidas a de ovelha e carneiro; o porco não é consumido devido à religião islâmica.

Os iranianos preferem o chá ao café. Acompanhando o serviço de chá encontram-se cubos de açúcar (ghand); o costume iraniano manda pegar num cubo, passá-lo pela chávena de chá e depois colocá-lo na boca, junto aos dentes da frente para que se dissolva à medida que o chá vai sendo bebido. O café no Irã é consumido forte, sem leite e com bastante açúcar.
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